TEA (Transtorno do Espectro Autista) em adultos

Inúmeros adultos nos dias de hoje, suspeitam ser autistas não diagnosticados quando ainda crianças. Isto pode ser resolvido mesmo que já estejam na fase de maturidade, a partir de avaliação correta aliada ao tratamento com um profissional especializado na área.

Sabe-se que o TEA (Transtorno do Espectro Autista), é uma dificuldade no neurodesenvolvimento do indivíduo, e suas dificuldades afetam principalmente na interação social, na área da comunicação, no comportamento repetitivo e resistência à mudança.

Os sinais de autismo nos adultos são verificados principalmente na interação social, mas alguns indivíduos podem também apresentar desempenho cognitivo acima da média, demonstrando bastante talento em áreas específicas.

Sabe-se que existem em torno de 70 milhões de autistas no mundo, e estes números são bastante significativos, pois entende-se que somente no Brasil existem em torno de 2 milhões de brasileiros com o transtorno do espectro autista.

Autistas adultos que não foram diagnosticados na infância, provavelmente já superaram inúmeras dificuldades decorrentes do transtorno, que tinham quando crianças. Porém ainda apresentam dificuldades a serem superadas, principalmente nas áreas de interação e comunicação social.

Tais indivíduos apresentam significativas dificuldades em compreender as regras sociais, como também expressões faciais não óbvias, entendimento de metáforas, empatia com o próximo, dificuldades com o contato físico e certa ingenuidade no convívio com outras pessoas.

O relacionamento social geralmente se encontra prejudicado, por demonstrarem muitas vezes dificuldades em dar e receber afeto. Possuem também barreiras em se comunicar ou ouvir o outro, como também compreender sentimentos por serem abstratos.

Alguns autistas apresentam ainda, grau ainda mais alto do transtorno, apresentando também prejuízos nas áreas mental ou cognitivas, descoordenação motora, dificuldades alimentares, interesses bastante restritos, comportamentos repetitivos, pouquíssimo contato visual, fala diferenciada e estereotipias.

De qualquer forma, o suporte sempre deve ser dado aos adultos que apresentam o quadro de TEA, para que possam conviver melhor em sociedade, ter melhor qualidade de vida e desempenhar melhor suas habilidades. Assim como o diagnóstico é necessário, deve-se dar a devida importância à terapia aliada, para que estes objetivos sejam atingidos de forma satisfatória.

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Deborah Ramos | Psicopedagoga e Psicanalista Infantil

www.deborahramos.com