A seletividade alimentar é sempre uma questão difícil de lidar, principalmente na infância. Isto porque a alimentação é uma atividade humana que, devido razões biológicas, psicológicas e sociais tem papel fundamental na vida do indivíduo. Suas dificuldades afetam não somente o equilíbrio fisiológico, mas também as relações sociais.

Alterações alimentares na infância dizem respeito ao que a criança ingere e como ela o faz. Muitas vezes a criança não se alimenta de forma adequada e assim não apresentam um desenvolvimento normal. Geralmente a criança não ganha ou perde peso, e quanto mais as dificuldades persistem, mais é comprometida também a saúde mental e psicológica.

As crianças também se apresentam como apáticas e facilmente irritáveis. Podem se mostrar inquietas e teimosas no momento das refeições. Costumam recusar certos alimentos e é comum a ocorrência de brigas entre a criança e os pais por causa da alimentação.

Muitas causas podem ser possíveis para a seletividade alimentar. Como exemplo podemos ter uma criança com mãe ansiosa e muito protetora que fica tensa no momento das refeições, traumas durante a ingestão de algum alimento que ocasiona a repulsa por grande parte deles, alergias alimentares que causam medo na criança, alimentação seletiva no intuito de chamar a atenção dos adultos, dentre outros fatores.

Sendo assim, é muito importante a aceitação de um diagnóstico e a busca dos pais o quanto antes pelo tratamento. O paciente deve também tomar consciência dos efeitos da seletividade alimentar para seu adequado desenvolvimento. Isto deve ser feito sempre com a ajuda de profissionais da saúde especializados no assunto. Cuidar e tratar precocemente a seletividade alimentar das crianças significa evitar também aumento do problema, prevenindo também problemas ainda piores na idade adulta.

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Deborah Ramos | Psicopedagoga e Psicanalista Infantil

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