Como lidar com a agressividade infantil

a-tad-angry-1433924-640x480Existem crianças que apresentam comportamentos mais agressivos, ou que  manifestam comportamentos agressivos de forma bem mais frequente do que outras crianças. Estas tendem a agredir outros colegas com mais intensidade, e reagir através de manifestações de raiva excessiva até mesmo com os pais e pessoas que aparentemente mais ama.

O padrão comportamental destas crianças geralmente é bater, empurrar, resmungar, fazer birra, recusar a cooperar, e dificilmente conseguem controlar seus acessos de raiva. Independentemente do motivo de suas iras serem com outras crianças ou adultos, os resultados são sempre a frustração, irritação e a grande dificuldade para manter os vínculos afetivos, já que as relações sociais são sempre muito tumultuadas.

Muitas vezes o que acontece é que as crianças utilizam atitudes agressivas para demonstrar seus sentimentos mais profundos e suas frustrações. A agressividade pode ser então uma linguagem específica para comunicar ao mundo sentimentos fortes que nem sempre estão sendo percebidos pelos outros, mas que são urgentes e como pedidos de socorro muitas vezes.

A maneira mais efetiva de auxiliar a criança a lidar com a agressividade reprimida é auxiliá-la a detectar qual a razão do sentimento que está sentindo naquele momento de ira. Assim, o adulto pode servir como “tradutor” de uma linguagem emocional que a criança ainda não consegue dominar. Muitos pais não conseguem lidar com estas questões de forma adequada e necessitam de ajuda especializada de um terapeuta para ajudar na melhor condução desta situação, o que pode ser mais adequado dependendo do caso.

Quando as crianças sentem que os adultos ao seu redor conseguem entender  seus sentimentos elas tendem a se acalmar. Desta forma, é muito importante, que já nos primeiros anos de vida se ajude a criança a entender seus comportamentos de raiva descontrolada, evitando assim que os mesmos venham a aparecer de forma ainda mais desequilibrada e potencializada nas idades posteriores.

 

Deborah Ramos | Psicopedagoga e Psicanalista Infantil

www.deborahramos.com